Biografia

Nascido no dia 21 de fevereiro de 1929, na Cidade do México, Roberto Gómez Bolaños é o segundo de três filhos do casal Francisco Gómez Liñares e Elsa Bolaños Cacho-Aguilar.

A família de Chespirito

Seu pai, Francisco Gómez Liñares, era um privilegiado ilustrador, pintor, desenhista e retratista. Fazia ilustrações para a ”Universal Ilustrado”. Já sua mãe, Elsa Bolaños Cacho-Aguilar, era uma dançarina e escritora de poemas.

Francisco bebia muito e era um homem cheio de dívidas, falecendo no dia 7 de setembro de 1935, vítima de um derrame cerebral. Roberto, sua mãe Elsa e seus irmãos Francisco e Horácio viviam então a primeira grande tristeza de suas vidas. Na época, Roberto tinha apenas 6 anos, enquanto seus irmãos Francisco e Horácio tinham respectivamente 8 e 5 anos. Francisco acabou deixando dívidas e mais dívidas para a família, e nenhuma herança.

Roberto não havia aceitado que o pai havia morrido realmente na época, sempre o esperando todas as noites em sua janela, até se dar conta com o tempo que seu pai realmente tinha morrido.

Elsa, batalhadora, começa então a trabalhar em diversas profissões desde mestre de obras a engenharia, para o sustento da família. Ela conseguiu ser tudo ao mesmo tempo para os três, os dando principalmente muito amor e carinho.

A família na época morava na rua ”Mier y Pesado”, onde Roberto e Horácio estudavam no colégio ”Brígida Alfaro”, enquanto seu irmão Francisco no colégio ”Americano”. Porém, um dia Roberto acaba ficando muito doente indo morar com seus tios Oscar e Emília, na Guadalajara. Após um ano morando lá, ele volta a morar com sua família.

Elsa morava então com a família em um pequeno edifício de dois andares que ela mesma construiu, na rua ”Juan Sánchez Azcona”. Roberto havia passado por esse meio tempo em duas escolas (”Colégio Cervantes” e ”Colégio México”), e a família estava cada vez mais pobre, vendendo o edifício por um preço baixo e indo morar agora na ”Adolfo Prietro”. Um detalhe da infância de Roberto a se destacar é que ele era um menino muito medroso, com medo de diversas coisas, como olhar de baixo da cama, por exemplo. Isso o arranjou muitas brigas nas escolas em que estudou na época.

Sua família mudava-se outra vez, passando a viver agora na ”Colônia do Valle”, lugar onde Roberto passou sua adolescência. Ele estudava engenharia mecânica e elétrica na época no colégio ”Francés Morelos”, se formando mais tarde na profissão na ”UNAM” (Universidad Nacional Autónoma de México).

Chespirito tentou carreira no futebol

Nesta época, Roberto praticou boxe, escondido de sua mãe. Ele era muito bom no boxe amador, ficando em segundo lugar no primeiro ano e sendo campeão no segundo ano. Entrou então para o ”Luvas de Ouro”, o campeonato mais importante do boxe amador. Levava jeito para o futebol também, chegando a brilhar como jogador amador. Porém, não pode seguir carreira, por sua baixa estatura.

Mais tarde, no dia 18 de setembro de 1945, funda junto de seu irmão Horácio o grupo ”Aracuán”, no parque ”Mariscal Sucre”. O nome do grupo foi sugerido por seu irmão, e organizavam festas, bailes, entre outras coisas, se tornando uma das mais importantes associações da Colônia do Valle onde é lembrado até hoje. O grupo, cujos membros eram chamados de ”Los Aracuánes”, contou com amigos e sócios como Aarón Mercado, Antonio Gabilondo, Roberto ”Guácara”, entre outros. Roberto passa então passa a ser famoso com as garotas, graças a sua popularidade no bairro, que constantemente o cantavam.

Um tempo depois, Roberto serviu o exército por um ano, e quando retornou voltou novamente para o grupo Aracuán. Em um baile, quando tinha 22 anos, conhece Graciela Fernándes, que foi convidado por um primo dela para o baile, onde nasce uma grande amor e os dois passam a namorar. Na época, Graciela era bem mais jovem que Roberto, tendo tão pouco 15 anos.

Roberto começou a repensar seu futuro como engenheiro, profissão na qual havia se formado na UNAM, e após ver que não teria sucesso com isso resolveu re-decidir sua carreira. Foi então que por volta de 1952, se interessa por um anúncio em um jornal da agência de publicidade ”D’Arcy”, onde se dizia que a agência estava procurando aprendizes de produtor de rádio e televisão, e também aprendizes de escritor dos mesmos.

Na manhã seguinte, ele foi até a agência, onde se deparou com duas filas: uma com em torno de 50 e 60 pessoas, e a outra com em torno de 5 ou 6 pessoas. Ele resolveu ir na menor então, que era justamente a de aspirante a redator publicitário.

Seu chefe então o perguntou se ele sabia digitar rapidamente, e então Roberto avisou que não encostou numa máquina de escrever já fazia dois anos (não importando, já que o mesmo nunca encostou numa!).

Logo, Roberto teria que apresentar algum trabalho já feito com escritor, e então ele resolve apresentar uma redação com uma história que avalia feito para uma apresentação em um baile do clube Aracuán. A redação é tão boa que ganha uma tirinha humorística intitulada ”Cuartilla Loca”, e Roberto é contratado finalmente.

Era o estopim do início da carreira de Roberto, que começava então a se destacar em cartazes, vinhetas e jingles que criava, aprendendo rapidamente a escrever em uma máquina de escrever. Entre seus primeiros trabalhos, roteirizava um programa de rádio da época chamado ”Galería Musical” e fazia diversos jingles para os comerciais dos ”Chiclets Adams”.

Seu chefe então vendo seu enorme talento, o manda escrever o roteiro dos programas de rádio humorísticos dos comediantes Gaspar Henaine e Marco Antonio Campos – vulgo a dupla Viruta e Capulina. Inicialmente, Roberto pelo apelido da dupla pensou que eles fossem senhoras…

O programa de rádio passa então a receber os roteiros de Roberto, tendo 15 minutos de duração e sendo transmitido pela rádio XEW. O sucesso dos roteiros de Roberto e atuação incrível de Viruta e Capulina é tanto, que a agência de publicidade D’Arcy aumenta sua duração para 30 minutos e no ano seguinte, mais precisamente em junho, transforma em um próprio programa de televisão ao vivo!

Chamado "Cómicos y Canciones", era exibido pelo canal 2 (Telesistema Mexicano) todas as quintas feiras à partir das 20 horas da noite, tendo o patrocínio dos ”Chiclets Adams”. Torna-se um sucesso absoluto de audiência.

Um dia, faltou um ator em uma cena, e sem ninguém foi Roberto mesmo quem fez o papel, já que era o escritor e assim sendo conhecia bem o roteiro. A atuação de Roberto agradou tanto, que ele então passou dai em diante a fazer diversas participações especiais no programa.

Com tombos e reflexos incríveis, Roberto começou a tomar até mesmo a popularidade dos protagonistas Viruta e Capulina, que começavam a se incomodar.

Piquenique em família

Roberto então ganhava muito bem na época, iniciando um noivado com sua namorada Graciela. Entretanto, o casal briga, ficando um tempo sem ver mas logo reatam o namoro. Finalmente, eles perceberam que se amavam de verdade e se casam, saindo como fruto desse amor 6 filhos (Graciela, Cecilia, Teresa, Marcela, Roberto e Paulina).

Chegava então o momento de Roberto, que já era de tudo um pouco, ir para os cinemas. Era produzido e estreado então em 1958, o filme ”Los legionarios”, escrito por Roberto (que também fez pequenas pontas), dirigido por Agustín P. Delgado e estrelado por Viruta e Capulina.

O diretor fica impressionado com os roteiros magníficos de Roberto, dizendo que ele era um Shakespeare! Porém, um pequeno Shakespeare (em brincadeira com a baixa estatura de Roberto), sendo um ”Shakespirito”. O apelido então é adaptado para ”Chespirito”. Roberto gosta tanto do apelido que passa a então ao nomear a si próprio em seus trabalhos.

E as atividades de Chespirito no cinema então não paravam, gravando, escrevendo, dirigindo, produzindo e atuando em diversos filmes com a dupla Viruta e Capulina, sendo eles: ”Angelitos del trapecio” (1959), ”Millonario y vagabundo” (1959) – filme de Tin Tan, ”Los tigres del desierto”(1960), ”Dos criados malcriados” (1960), ”El dolor de pagar la renta” (1960), ”Los desenfreados”(1960), ”Limonsero y con garrote” (1961), ”Pegando con tubo” (1961), ”Dos tontos y un loco’‘ (1961) – com Manuel ”El Loco” Valdés, ”En peligro de muerte” (1962) – Onde atua o nosso futuro Seu Madruga, Ramón Gómes Valdéz Castillo, ”Los invisibles” (1963) – Filme onde aparece pela primeira vez o personagem ”El Chompiras” (Chompiras), ”Los astronautas” (1964), ”Los reyes del volante” (1965), ”Un novio para dos hermanas’‘ (1966), e ‘‘El camino de los espantos” (1967).

Os roteiros de Roberto agravam tanto que ele foi convidado a roteirizar o programa "El Estúdio de Pedro Vargas", apresentado pelo homem de mesmo nome e que ia ao ar todas às sextas feiras, no mesmo canal, à partir das 21 horas. É um programa de variedades que era escrito por Juan Lozano, mas que foi embora após receber uma proposta tentadora de uma outra agência de publicidade maior que a D’Arcy. Era também produzido pela agência de publicidade D’Arcy e patrocinado pelos ”Chiclets Adams”.

O sucesso foi tanto que os dois programas escritos por Roberto, ”Cómicos y Canciones” e ”El Estúdio de Pedro Vargas” disputavam o primeiro lugar na audiência, sendo exibidos pelo mesmo canal, o Telesistema Mexicano (canal 2).

Em 1964, escreve a peça de sucesso ‘‘Silencio, recámara y acción”. Em 1966, participou de dois projetos. A criação dos programas ”El Hotel de Kippy” e ”El Estúdio de Cantinflas”, mas nunca foram realizados.

O sucesso de Roberto começava a incomodar Viruta e Capulina, e os dois tem uma briga e se separam em 1968, chegando ao fim o programa ”Cómicos y Canciones’‘, após em torno de 10 anos no ar. Pouco tempo depois, era encerrado também o programa ”El Estúdio de Pedro Vargas”, após em torno de 11 anos no ar. Mas ele não parou por ai, roteirizando brevemente vários programas, como por exemplo, ”El Yate del Prado” e fazendo pequenos papeis, como no filme ”El amor de María Isabel’‘, onde contracenou pela primeira vez com Maria Antonieta de Las Nieves, a Chiquinha (”La Chilindrina”, no original).

Elsa Bolaños

No dia 22 de dezembro de 1968, sofre uma grande tristeza. Sua mãe, Elsa, falece de um câncer fulminante no pâncreas.

En “El Ciudadano Gómez”

Em outubro de 1969, é contratado pelo produtor Sérgio Pena da recém criada Televisión Independiente del México (TV TIM), o canal 8, para escrever um programa humorístico com um desses caras que se metem em qualquer confusão para ajudar as pessoas mais humildes e necessitadas. Nasce então ”El Ciudadano”, que depois muda seu nome para "El Ciudadano Gómez, ou seja, o nome do meio de Roberto foi acrescentado ao personagem.

Eram feitos testes para atores que iriam interpretar o protagonista, mas Chespirito acaba fazendo o teste por si próprio e ganha o papel. São gravados 13 episódios então, e a série é tão boa que é guardada para ser usada em uma situação futura contra a super emissora concorrente, o Telesistema Mexicano (canal 2).

O personagem tinha um contraparte, interpretado por Rubén Aguirre Fuentes, o famoso ”El Shory” na época e nosso futuro Professor Girafales. Era o primeiro contato entre os dois atores. Também fazia parte do programa a atriz Anabel Gutierrez.

Próximo ao fim de 1969, novamente Roberto é chamado por Sérgio Pena na TV TIM, agora para roteirizar e protagonizar esquetes humorísticos de em torno de 10 minutos que eram conhecidos como ”Chespirotadas’‘ dentro do programa de variedades "Sábados de la Fortuna", apresentado por Neftalí Lopez, e que depois mudaria seu nome em 1970 para ”Sábados con Neftalí” e ”Carrousel con Neftalí”.

Roberto atuava neste meio tempo com vários humoristas e atores, entre eles Félix Camargo, Luis Manuel Pelayo, Chachita, Aníbal del Mar, Lorenza Loy, Julián de Meriche, Lalo Gozález ”Piporro”, entre outros, e claro, com Rubén Aguirre Fuentes ”El Shory”, Ramón Gómes Valdés Castillo e Maria Antonieta de Las Nieves, nossos futuros Professor Girafales, Seu Madruga e Chiquinha.

Os Supergênios da Mesa Quadrada

Em 3 de janeiro de 1970, Chespirito cria o quadro ”Los supergênios de la mesa cuadrada” (traduzido, seria algo como ”Os supergênios da mesa quadrada”), seu futuro grande sucesso, com os atores já citados, além de Aníbal del Mar, que logo sai do quadro.

O quadro vira um sucesso e logo o canal dá seu programa próprio para Roberto, surgindo em 15 de outubro de 1970. Além do quadro de ”Los supergênios de la mesa cuadrada”, havia também os quadros ”Chespirito”, ”Los Caquitos”, e nosso querido Chapolin Colorado (no original, ”El Chapulín Colorado”).

Inicialmente, Chespirito iria usar o personagem em um filme, e seu nome seria ”El Chapulín Justicero” (traduzido, seria algo como ”O Chapolin Justiceiro”), um herói diferente de todos os outros que ao invés de ser forte, inteligente, bonito, musculoso, etc, era fraco, medroso, burro, feio, magro, porém, superava seus medos e vencia qualquer inimigo.

Entretanto, nenhum ator quis interpretar o personagem e Chespirito resolveu o utilizar em seus programas mesmo, sendo um sucesso e superando o próprio quadro dos supergênios. Seu nome mudou de ”Justicero” para ”Colorado”, por seu uniforme ser vermelho. A escolha da cor do uniforme se deveu ao fato de Chespirito poder usar apenas 4 cores para seu uniforme: azul, vermelho, preto e branco. Azul atrapalharia o efeito ”Chromakey” que seria usado constantemente com o personagem, preto simboliza a morte e o branco associaria a algumas religiões, logo só sobrou o vermelho.

O programa dividia o espaço humorístico com ”El Ciudadano Gómez”, nas quartas feiras, que finalmente havia estreado no dia 14 de outubro, à partir das 20 horas da noite.

Neste ano, também atuou no filme ‘‘El Cuerpazo de Delito”, ao lado de Ramón Gómes Valdés Castillo, o Seu Madruga (”Don Ramón”, no original) e escreveu os filmes ”Fray Dólar” e ”Ahi Madre!”.

Em 1971, o programa mudou duas vezes de nome: para ‘‘Chespirito y la mesa cuadrada” (traduzido seria algo como ”Chespirito e a mesa quadrada”) e depois para ”Chespirito”. Surgiu o quadro ”Los Chifladitos”, que se tornou um grande destaque no programa.

No ano seguinte, Rubén Aguirre Fuentes ”El Shory”, que interpretava o louco ”Lucas Tãneda” no quadro ”Los Chifladitos” ao lado de Roberto, que interpretava ”Chaparrón Bonaparte”, recebeu uma oferta tentadora da emissora concorrente, o canal 2 (Telesistema Mexicano), e saiu dos programas.

Assim, Chespirito teria que criar um novo quadro para suprir a ausência de ”Los Chifladitos”, já que sem Rubén para interpretar Lucas o quadro não poderia andar pra frente. Surgia então ”El Chavo del Ocho”, nada menos nada mais que o Chaves! O quadro se torna o grande sucesso do programa, junto ao Chapolin.

Chespirito conta que a inspiração para criar o Chaves foi um garoto muito pobre e humilde que havia encontrado alguns dias, engraxate, e que gostava de sanduíches de presunto, além de usar gorro.

Em 1973, a Tv Tim e o Telesistema Mexicano, respectivamente os canais 8 e 2, se fundem formando a poderosa rede de televisão mexicana Televisa. Com a união, são formados programas próprios para Chaves e Chapolin, chegando ao fim o programa Chespirito, além de um remake de ”El Ciudadano Gómez’‘.
Em abril, Chespirito sofreu um acidente onde deu um tiro em sua própria mão, que o deixou sequelas até hoje. Sendo assim, por durante oito semanas não pode gravar, e em seus programas a Televisa reprisou esquetes de 1972 do programa ”Chespirito”.

O programa vira um grande sucesso, e entre 1973 e 1974, começa a ser vendido para outros países, com o Chapolin sendo o primeiro programa mexicano a ser exibido mundo a fora, sendo o ponto de partida a Guatemala, se espalhando em seguida junto ao Chaves por toda a América Latina.

O sucesso estava cada vez mais grande, e começava a ser lançado produtos das séries no México e na América Latina, como os gibis de Chaves e Chapolin roteirizados até 1975 pelo próprio Chespirito ou o disco ”Chespirito y sus canciones”, lançado em 1976.

A fama era tão grande que as pessoas queriam a todo custo ver Chespirito e sua trupe ao vivo, e começava então as turnês e shows pelo México, e logo foram para outros países como o Chile e a Argentina.

Porém, com sua família, Chespirito via seu casamento com Graciela cada vez mais próximo do fim, até que finalmente eles decidem se separar após 23 anos de casamento, apesar de terem sido muito gratos e felizes um com o outro.

Foi então que Chespirito iniciava então um romance, em 1977, durante uma turnê do elenco no Chile com Florinda Meza Gárcia, a Dona Florinda (Doña Florinda, no original), que dura até hoje. Entretanto, nunca tiveram filhos, por conta de uma vasectomia que Chespirito fez.

Neste ano, também foi lançado o disco ”Asi cantamos y vacilamos el la vencidad del Chavo” e as séries já eram exibidas em mais de 14 países. Em 1978 e 1979, mais dois discos são lançados, sendo eles ”Siganme los buenos a la vencidad del Chavo” e ”El Chavo canta: eso, eso, eso”. Diversos produtos das séries eram lançados, e o elenco grava um filme roteirizado, produzido e dirigido por Chespirito: "El Chanfle". O filme se torna um estouro nas telonas mexicanas.

Em La Chicharra

No mesmo ano, encerrava o Chapolin, e entrava em seu lugar o seriado "La Chicharra" (traduzido, seria algo como ”A corneta”), que durou até janeiro de 1980 com cerca de 14 episódios. Chaves encerrava também na mesma época, e Chespirito retornou então com seu antigo programa finalizado em fevereiro de 1973 e que foi o estopim para seu sucesso, ”Chespirito”, agora com todos os quadros novamente Chaves, Chapolin, Dr.Chapatín, Los Caquitos, Los Chifladitos, La Chicharra, etc.

Em Charrito – Um Herói Mexicano

Em 1982, grava a sequência de "El Chanfle" e em 1983, grava o filme "Don Ratón y Don Ratero". Em 1984, produz a peça famosa de teatro ”Títere”. Em 1985, grava "Charrito" e em 1988, encerrava suas atividades no cinema, com o filme "Música de Viento".

Com o elenco de 11 y 12

Em 1991, trabalha como diretor e produtor na novela ”Milagro y Magía”, além de ter feito o tema de abertura que tem o mesmo nome da trama, que era escrita e protagonizada por Florinda. No ano seguinte, encerra o Chaves e o Chapolin, além de gravar a peça de grande sucesso mexicano, ‘’11 y 12”. Dois anos depois, gravou o curto programa "Con humor... al estilo Chespirito!", que não durou muito tempo.

Em 1995, a Televisa resolve fazer mudanças no horário e programação, e um dos programas afetados é ”Chespirito”. Assim, Roberto decide finalmente encerrar o programa. Diversos países e emissoras o mandaram ofertas tentadoras, mas ele recusou todas. Era o fim de um grande sucesso mundial. Já em 1996 e 1998, trabalhou como produtor nos filmes ”La Ultima Llamada” e ”La Primera Noche”, decidindo encerrar suas atividades em 2000, com o fim do grande sucesso já citado do teatro mexicano que durou 10 anos, ”11 y 12”.

Na homenagem a Chespirito em 2000

No mesmo ano, a Televisa fez uma grande homenagem ao elenco das séries que completava 30 anos, chamado ”No contaban con mi astucia”. Nesta homenagem, houve muitas emoções, como o reencontro entre Chespirito com Carlos Villagrán Eslava ”Pirolo”, o Quico e Maria Antonieta de Las Nieves, a Chiquinha.

Um ano antes, exatamente em 21 de novembro de 1999, faleceu seu irmão mais novo Horácio Gómez Bolaños, que interpretou o Godines (ou ”Godinez”) nas séries. Uma grande tristeza para Roberto e sua família, sendo que ele estava preparando uma grande festa de aniversário para seu irmão.

Escreveu um livro com poemas humorísticos, românticos e dramáticos em 2003, intitulado ”…Y También Poemas” e finalmente se casou com Florinda no dia 19 de novembro de 2004, após 27 anos de convivência juntos.

Em 2005, escreveu o livro ”El Diario del Chavo del Ocho”, contanto o dia-a-dia do Chaves como ele mesmo em um ”diário”. No ano seguinte, escreveu sua auto biografia, ”Sin Querer Queriendo – Memorias”.

No dia 21 de outubro de 2006, é lançado o desenho animado do Chaves, com produção de seu filho, Roberto Gómez Fernandes, na Televisa e na ”Ánima Estudios”. Houve um especial para o lançamento da séria animada, onde o apresentador pediu que Roberto chutasse uma bola e em seguida apareceu em um telão a imagem do Chaves animado segurando uma bola e dizendo ”obrigado”. Logo após, o apresentador lhe deu um controle remoto para que apertasse o botão ”PLAY” e desse início a série animada.

No dia 12 de novembro de 2009, sofreu uma internação em um hospital da Cidade do México, por uma complicação na próstata, tendo que fazer uma cirurgia.

Em twitcam realizada em julho de 2011

Em 28 de maio de 2011, abriu uma conta no Twitter, sendo um estouro e conseguindo atualmente em torno de 4 mil seguidores, além de ter realizado algumas twitcams para os fãs.

No dia 29 de fevereiro de 2012, recebeu a mega homenagem realizada pela Televisa envolvendo a Argentina, o Brasil, a Bolívia, a Colômbia, a Costa Rica, o Equador, El Salvador, Guatemala, Panamá, Peru e o Uruguai, sendo ela ”América Celebra a Chespirito” (no Brasil, trocaram ”Chespirito” por ”Chaves”).

Atualmente, vive em Cancún, tem 84 anos, sendo um homem feliz e realizado, de bem com a vida. Um gênio, sendo muitas coisas como ator, compositor, boxeador, comediante, diretor, produtor, etc, e agora, até twitteiro. Este é nosso querido Roberto Gómez Bolaños, vulgo Chespirito, que apesar de não ser médico, nos receitou o melhor remédio de todos: a risada e a alegria.

Texto: Matheus Rolim

Créditos: Fórum Chaves